A banalização do ERRO

Por Denise de Moura - 05/12/2013

São 17h30mim. Érika está voltando para casa após um longo dia de trabalho. No ônibus ela lembra que se esqueceu – mais uma vez - de preparar e enviar o relatório semanal para outra área - o seu cliente interno.

Sua primeira reação é de incômodo. Após alguns minutos chateada, ela pensa:

- “Não tem problema, amanhã eu envio. Eles nunca leem este relatório mesmo”.

Já reparou que muitas pessoas banalizam os seus erros? Por que isso acontece? Poderíamos pensar em inúmeros fatores para responder a esta questão. Elenco dois que considero extremamente importantes:

- Diminuímos a importância do nosso erro para não sermos protagonistas do problema.

- Atingimos um nível tão baixo de motivação, ficamos estressados ou não conseguimos lidar com a sobrecarga de trabalho que começamos a não nos importar mais com algo que nos incomodava no passado.

Claro que ter uma reação positiva perante um erro é fundamental. O desespero limita nossa capacidade de agir de forma assertiva. Entretanto, isso é diferente de não dar a real importância para o que acontece a nossa volta.

Érika não pode se acostumar a cometer erros e precisa assumir com maturidade o problema, tomando as medidas necessárias para resolvê-lo. Para isso, será importante que ela reflita sobre alguns pontos muito importantes:

"Quais os motivos da minha baixa motivação e que fazem com que eu não me importe mais com os erros que cometo"?

“Por que e quando o meu trabalho se tornou irrelevante para o meu cliente"?

“O que eu posso fazer para me sentir mais útil na empresa em que atuo"?

São questões de sobrevivência como essas que ela precisará responder caso deseje aumentar a sua permanência na empresa em que atua.

Não há mais espaço nas organizações para profissionais que não enfrentam com maturidade os seus erros e que não se comprometem com o seu trabalho.

Precisamos sim nos incomodar com os erros que cometemos e demonstrarmos comprometimento na resolução. Somente assim aprenderemos de fato com as adversidades. Fingir que um erro não existe, achar que ele é normal ou encontrar culpados e desculpas não nos tornará pessoas e profissionais melhores.