A corrida e o mundo corporativo. O que eles têm em comum?

Por Denise de Moura - Foto: arquivo blog O Globo - 26/08/2013

Muitas táticas utilizadas nos esportes têm sido levadas para as empresas, pois elas oferecem inúmeros aprendizados. Veja a seguir 4 importantes ensinamentos da corrida que podem fazer grande diferença em nosso local de trabalho:

1) Não adianta apenas se preparar fisicamente. Sua cabeça precisa estar bem para que você consiga realizar um bom trabalho.

Em muitos países da Europa, como na Alemanha, coaches famosos são contratados a peso de ouro para treinar “a cabeça” de renomados esportistas praticantes de corridas de longa distância. Sabe por que isso é extremamente importante? Porque se um corredor, durante uma maratona, começa a focar no seu cansaço, pensando que não conseguirá finalizar o trajeto, ele provavelmente não terminará a sua corrida com o desempenho que tanto espera, mesmo que esteja bem preparado fisicamente.

Nas empresas, este processo ocorre exatamente desta forma. Muitas vezes um profissional, mesmo estando apto para fazer um trabalho, não consegue atingir resultados satisfatórios, porque o nervosismo e a ansiedade tomam conta da situação e ele acaba perdendo a sua confiança para realizar uma determinada tarefa.

Se isto tem acontecido com você, procure aperfeiçoar diariamente o seu equilíbrio emocional e a sua autoconfiança. Em que momentos do dia você fica mais estressado ou nervoso? Primeiro identifique essas situações e comece a treinar o seu pensamento para não sair do controle. Se você está bem preparado para realizar um bom trabalho, não deixe que pensamentos negativos ditem o contrário.

2) Quando os resultados não estiverem progredindo, descanse.

Sabe o que acontece quando um corredor, mesmo exausto, continua treinando? Ele corre sérios riscos de se machucar, desenvolver uma lesão e ficar muito tempo parado depois.

Muitas vezes nas empresas, ficamos tão esgotados e sobrecarregados de trabalho que não conseguimos fazer nada direito. Cometemos erros diários e aquelas nossas boas ideias parecem desaparecer de vez.

Se isso acontecer com você, pare por um momento e descanse. Insistir em algo que não está progredindo só vai lhe causar mais estresses. Na maioria das vezes, você visualizará uma saída para uma determinada questão ou conseguirá desenvolver novas ideias, quando a sua cabeça estiver descansada.

3) Seja o seu próprio concorrente.

Um grande desafio do profissional que pratica corrida é superar os seus limites, atingindo marcas nunca antes alcançadas por ele próprio. Na verdade, o seu maior "concorrente" é ele mesmo.

Em sua empresa, procure realizar diariamente um trabalho excelente, desenvolvendo projetos diferenciados e buscando desafios que o tirem da zona de conforto. Com isso, você perceberá que pode ir além do que pensava e se sentirá mais confiante. Quando concorremos com os nossos próprios limites, nos sentimos muito mais realizados com os resultados alcançados, porque descobrimos novos potenciais em nós mesmos.

4) Se parar de treinar, terá que começar do zero.

Sabe o que acontece quando um corredor para de treinar por um longo período de tempo? Assim que ele retorna aos seus treinos, precisa desenvolver algumas habilidades importantes que já havia conquistado anteriormente.

No mundo corporativo, a mesma situação se repete. Se você não buscar se aprimorar continuamente, ficará acomodado durante anos em sua empresa ou “obsoleto” e poderá ser “substituído” por alguém mais motivado e mais preparado.

Se a sua empresa não lhe paga o curso que tanto deseja fazer, junte suas economias e pague você o seu curso de aperfeiçoamento. Posso lhe garantir que será o seu melhor investimento.

Se, por outro lado, você está buscando uma recolocação, não desanime. Aprimore-se diariamente, estudando um novo idioma, lendo um livro, acessando a internet, fazendo novos contatos. Essas atitudes poderão lhe abrir novas portas em breve, mas nunca fique parado, porque a "fila do conhecimento" anda, e se você não se aprimorar, ficará para trás.

Como vemos, muitas táticas utilizadas por esportistas podem ser levadas para o nosso ambiente de trabalho. Vamos treiná-las e aperfeiçoá-las?